Adeus, Torre!
Eleita em 2022 e empossada em 2023, Governadora Raquel Lyra dá continuidade ao projeto de expansão das escolas em tempo integral e, neste projeto, foi incluída a Escola Estadual Maciel Pinheiro.
Com isso, o local que abriga os escoteiros de Pernambuco desde meados de 1925, será transformado em laboratório para que crianças e jovens da comunidade sejam atendidos durante o período integral.
Histórico
O prédio que abrigou os Escoteiros de Pernambuco faz parte de um terreno cuja propriedade era do Advogado Luís Ferreira Maciel Pinheiro, que empresta seu nome a Escola vizinha da então sede dos escoteiros.
Após o Estado tornar-se proprietário do local e implantar a Escola Estadual Maciel Pinheiro, foi realizado um comodato de 10 anos, com a gestão escolar, em meados de 1988 tendo validade até 1998, quando fora solicitada a renovação, por ofício, porém não há registro de tal renovação. Desde então, a instituição se viu envolvida em situações gerenciais, como a completa ausência de um procedimento de transição entre gestões, que levaram a não renovação do termo, entretanto, segundo o atual presidente regional, o advogado Alex Rocha
“O instrumento que garantia a posse do imóvel aos escoteiros, o comodato, é bastante frágil e pode ser rescindido a qualquer momento sem qualquer ônus para quem rescinde. Assim, ainda que estivéssemos com o comodato em dia a ação do governo seria inevitável, ainda mais num momento político de tensão como vivemos em nosso Estado com a situação da educação, em pauta desde a eleição da Governadora Raquel Lyra, pressionando-a para a melhoria do sistema de ensino Estadual”
Alex informa, ainda, que durante as duas gestões passadas, das quais fez parte como diretor jurídico e administrativo, foram realizadas tentativas de levantar o histórico da situação do prédio, onde o então presidente regional Fábio Gomes tentou contato com a gestão escolar da época e com presidentes anteriores, porém sem sucesso.
Procurado para falar sobre o assunto, o presidente regional nos anos 2017 a 2021, Fábio Gomes afirma:
“Quando viemos reabrir a sede regional em 2017, para tornar viável a sua utilização, nos deparamos com um cenário de abandono e depósito de material inservível como televisores de tubo, máquinas de escrever elétrica e até um retroprojetor de transparências, além da ausência de qualquer documentação recente. Infelizmente não conseguimos verificar a situação do imóvel, pois todos os contatos feitos com a secretaria de educação, por ofício, e as solicitações que fizemos ao assessor do Governador e com a diretoria da escola sempre foram ignorados ou respondidos com hostilidade”
Sobre os rumos da Região Escoteira após esta retomada de posse, o presidente regional afirma que a Diretoria Regional dará continuidade aos trabalhos normalmente, uma vez que a maioria dos expedientes não dependem de uma sede física.
“Já adotamos algumas ações imediatas como cancelamento de fornecimento de água e energia, expedição de ofícios e alguns levantamentos para viabilizar novo endereço, o que deve ser anunciado em breve”